Antes um refém da rotina, agora um preso da instabilidade. As paredes do quarto, que eram anseios de escapismo, viraram um tormento monótono. Minguante e claustrofóbico. A cidade que todo dia me deixava sem ar se dispersou e tudo se perdeu. A fumaça se transformou em paisagem que só posso ver de longe. O trânsito, o fluxo, os lugares...tudo se fechou. O que sobrou da minha vida, além de mim mesmo? Não deveria ser suficiente?
Preciso respirar, eu quero um pouco de ar, mas esse é o problema. Vejo uma rua vazia, ensaio uma fuga. Olho as notícias, me rendo a inércia. Abraço minhas crises e meus medos, pois são o que restou de mim. Não posso sair correndo e gritando para arrancar o que faz parte de quem eu sou. O telefone segue segue tocando, os prazos seguem chegando, o mundo está vazio, mas não está parado. Então, os sonhos seguem adiados e as noites seguem em claro, mesmo que agora me sobrem alguns minutos. Então a culpa agora é do espaço?
Eu seu quem é o culpado e com o conhecimento, vem a angústia por não poder apontar um dedo. Minha vontade não possui autonomia e minha opinião já fora cancelada. Só me resta uma voz cansada, que consome minha esperança e acaba não me dizendo nada. Não sei o que estou vivendo, há resquícios de distopia e também de um simples tédio coletivo. Portanto, não consigo me decidir entre me asfixiar na solidão ou aspirar uma contingente destruição.
Ao som de sua alegria foi cancelada.Eu seu quem é o culpado e com o conhecimento, vem a angústia por não poder apontar um dedo. Minha vontade não possui autonomia e minha opinião já fora cancelada. Só me resta uma voz cansada, que consome minha esperança e acaba não me dizendo nada. Não sei o que estou vivendo, há resquícios de distopia e também de um simples tédio coletivo. Portanto, não consigo me decidir entre me asfixiar na solidão ou aspirar uma contingente destruição.
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Pelo menos leia o texto e evite escrever merda!
Eu não me importo que coloque o link de seu blog, só não aceito que se resuma a isso!