Arte é narrativa, vida é cronologia. Arte é o que queremos mostrar para o mundo, vida é o que entendemos do mundo. Arte é interpretação usando os sentidos, a vida é usando as habilidades. Na vida tentamos sobreviver, na arte, aproveitar. A arte é ensinar o que há dentro de nós, a vida é aprender com a arte dos que estão ao redor. No abismo, a vida é não deixar cair e a arte é tentar voar. Após a morte, a vida é história, a arte é inspiração.Vida é convivência diária; arte é relação e de lua. Vida é se proteger da chuva, arte é cantar na chuva.
As vezes distorcemos o que vimos, transformamos nossa própria versão de realidade em um flashback, uma narrativa que renderá futuras lições. A vida virou arte. Ou então, uma conversa necessária se incia com um elaborado roteiro em nossa cabeça, mas que ao sair de nossos lábios, tomou uma forma totalmente distinta. A arte virou vida.
Tanto a vida quanto a arte gostam de relacionar com nossos sentimentos e emoções. Elas inclusive abusam desse relacionamento para nos confundir sobre a atuação de cada uma. O que poderia ser simplesmente uma ação da rotina acaba se transformando numa epifania. Uma expressão artística que fez a vida nunca mais ser a mesma. Para alguns, essa mistura resulta em realização, para outros, apenas frustração. Devido a pessoalidade dos sentimentos, isso nunca virou ciência.
Nesse contínuo sistema de freios e contra pesos tentando achar o equilíbrio entre me expressar e me entender, tentei lapidar as verdades ao meu redor e a única certeza é que não sobrou muito tempo. Sobrou apenas esse tempo para reclamar da falta de tempo e preciso decidir o que fazer com esses momentos finais. Vou simplesmente fechar os olhos e deixar que a arte decida o que fazer com o resto da minha vida. Quem sabe apareça alguma reviravolta para um capítulo final?
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Pelo menos leia o texto e evite escrever merda!
Eu não me importo que coloque o link de seu blog, só não aceito que se resuma a isso!